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Mr. Holland, adorável professor

04/05/2008

Há filmes que sempre emocionam. E neste início de inverno, eu estava precisando de um pouco de calor no coração.

Quem não teve um professor como o Sr. Holland? Aquele professor ou professora que marcou? Marcou pela simpatia, pelo carinho, porque era engraçado ou simplesmente porque foi a matéria dele, apesar de ser a mais difícil, que ficou na sua cabeça?

Eu tive não um, mas vários professores que me marcaram. E o engraçado é que, quando estava na escola, nunca imaginei que me lembraria deles depois de tantos anos, depois da faculdade. Como a maioria deles me é inacessível, achei que essa seria uma boa hora para homenagear aqueles homens e mulheres que contribuíram para a minha formação educacional e pessoal, e que ficaram guardados na minha mente e no meu coração.

Começando pela minha professora da 3ª série do primário (sim, quando eu estudava, ainda era primário): a tia Márcia. Uma doce segunda mãe para todos os alunos daquela sala de 1987. Enquanto os alunos da outra sala de 3ª série sofriam com uma professora maldosa, nós tínhamos a tia Márcia. Ela nos deixava fazer festas de aniversário (tia Márcia, são essas as fotos que tenho… assim que eu escanear, te passo), ensinava a matéria com paciência e carinho e, quando machuquei o joelho, ela deixava eu e minhas amigas ficar na sala durante o intervalo. Pode parecer tudo uma besteira agora, mas pergunte à uma garota de 8 ou 9 anos se isso não é importante?

Na 5ª série do ginásio eu ainda era muito tímida, muito tímida mesmo (para aqueles que me conhecem pessoalmente: acreditem!). E aí eu conheci o Dedé, professor de Teatro. E, depois dele, muita coisa mudou! Agradeço muito a ele por ter me ajudado a ser uma pessoa mais extrovertida e, principalmente, comunicativa.

Passando para a 7ª série: professora Anne. Foi ela que me fez continuar estudando inglês, que me fez perceber o quanto eu gostava do idioma e que eu poderia ser muito melhor, se eu apenas me esforçasse. Na mesma época: Pezzi, o professor de Ciências. Com suas provas estapafúrdias e brincadeiras, algumas vezes, maldosas, ele botou na minha cabeça todas aquelas matérias, nomes, espécies e gerou um interesse pela Biologia que se manifestaria, anos depois, depois da faculdade, na vontade em me especializar nas áreas de Ciências e Biologias.

Já no final do filme, o próprio Sr. Holland pergunta: “Trabalhei 30 anos, achando que estava fazendo a diferença, e para quê?!”. E eu respondo: para ajudar, influenciar, enternecer os seus alunos, essas jovens mentes que, um dia, serão adultos.

Marcelos, Leilas, Marinas, Eduardos, Joãos, Oirams, Buenos e tantos outros. Professores e funcionários que me ajudaram a chegar onde estou. A todos os “Mr. Holland” do Brasil, os que me influenciaram e os que continuam influenciando outros alunos, esta é a minha homenagem, a minha forma de dizer “muito obrigada”. Vocês professores, a exemplo do Sr. Holland, compõem todos os dias uma música e cada um dos seus alunos é uma nota que, no conjunto, fazem da sua vida uma sinfonia perfeita.

2 Comentários leave one →
  1. marcela p. permalink
    13/05/2008 21:52

    §

    Poxa, Liz…

    São muitos os professores que fazem a diferença nas nossas vidas e é engraçado como isso não é algo avaliável de imediato.

    Somente a longo prazo sabemos o qual o efeito de determinadas palavras em nossos corações.

    Tampouco o professor saberá, por meio de provas e trabalhos, quem de fato está levando as lições que ficarão por toda a vida.

    Você me fez ter vontade de publicar um texto que escrevi, há algum tempo, em homenagem a uma professora muito querida.

    Passa no …postelunar… mais tarde…

    Beijo!

    §

  2. Anonymous permalink
    06/04/2009 23:10

    Eu estava procurando o paradeiro de um professor de ciência que ministrava aulas quando eu cursava a quarta série do primário e para minha surpresa encontrei o seu texto.

    Meus parabéns pelas palavras, o texto é lindo, eu também estudei com esses educadores mencionados por você, no de 1989 ou 1988 no colégio Santo Estevan, não sei ao certo.

    A única objeção que tenho é sobre o professor Pezzi, ele era hilário, desenhava como ninguém, as suas aulas eram divertidas e passavam num instante, não lembro de brincadeiras maldosas.

    Mas as memórias são suas e as palavras também.

    Muito sucesso em sua carreira.

    Fabio Chede

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